domingo, 21 de outubro de 2012

Um salame por favor

      Finalmente havíamos chegado a algum lugar.
      Após três horas ouvindo ininterruptamente nosso querido professor de Geografia falar sobre cupinzeiros e outros assuntos extremamente interessantes, havíamos chegado a uma parada no meio da estrada.
      A viagem ainda duraria algum tempo, em torno de mais três horas, então todos com carteiras em mãos compravam alguma coisa para comer. Coxinhas, folhados de frango por aí ia, mas o que mais chamou atenção foram 30 centímetros de carne e gordura, o que mais havia chamado a atenção foi aquele delicioso salame.
      O destino daquele pedaço de carne já estava predestinado. Ainda em São Paulo já havia sido combinado de ser levado um canivete para corta-lo, e também, obviamente, dinheiro para compra-lo. Ainda sim, realmente te-lo comprado foi uma grande surpresa, afinal não era um simples item de mercado, era um salame! Após ser feita uma vaquinha, para a alegria de todos, por vinte reais aquele salame foi arrematado com sucesso. O problema foi que dez minutos após a compra ter sido realizada, e a embalagem ter sido removida, rastros verdes e brancos de mofo foram encontrados no pobre salame... Nada que abalasse aqueles fiéis seguidores da carne! Que cuidadosamente dividiam a carne em duas partes, para que assim todos que contribuíram para a compra tivessem seu pedaço de salame.
      Depois disso tudo que sei é que nem mesmo um pedacinho daquele salame foi ingerido (que bom!) mas de qualquer forma aqueles 30 centímetros de carne e gordura foram úteis para outra coisa, tornar aquela viagem cansativa em uma coisa mais descontraída e divertida.

Nota do autor: um dos pedaços do salame foi abandonado no frigobar da pousada.

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